sexta-feira, 24 de junho de 2016

AS 70 SEMANAS DE DANIEL

As 70 semanas profetizadas no livro profético de Daniel ainda gera confusão na cabeça de muitas pessoas, ao estudar a bíblia com mais profundidade e atenção nós vamos perceber que no livro de Daniel há também profecias escatológicas e as 70 semanas é uma delas. 
 Essa profecia a respeito do povo de Deus e da cidade santa (Jerusalém) é de grande importância para os últimos tempos e por isso devemos compreende-la.

"Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade, para cessar a transgressão, e para dar fim aos pecados, e para expiar a iniqüidade, e trazer a justiça eterna, e selar a visão e a profecia, e para ungir o Santíssimo."
Daniel 9:24

A palavra traduzida por "semanas" significa uma unidade numérica de 7 anos, portanto, "setenta semanas" equivalem a 490 anos.

Está incluído nesse tempo a expiação da iniquidade efetuada pela morte expiatória de Jesus, o "fim dos pecados", quando Israel voltará para Deus e viverá em retidão, a extinção da "transgressão" nacional, um governo de "justiça eterna" terá início, as profecias terão seu pleno cumprimento e também seu término e Jesus cristo será ungido Rei.
 Quando lemos Daniel 9:25 vamos encontrar o autor falando de "sete semanas e sessenta e duas semanas". Deus o revelou que sessenta e nove períodos de sete anos, somando portanto 483 anos, transcorreriam entre a data da ordem para reconstruir Jerusalém e a vinda do Messias, o ungido. Quando ele fala da ordem para restaurar e edificar Jerusalém pode ser uma referência a:

(1) AO DECRETO DE CIRO REGISTRADO EM ESDRAS 1;
(2) AO DECRETO DE DARIO REGISTRADO EM ESDRAS 6;
(3) AO DECRETO DE ARTAXERXES REGISTRADO EM ESDRAS 7;
(4) AO DECRETO DE ARTAXERXES REGISTRADO EM NEEMIAS 2.

Depois das "sete semanas" do v. 25 e as "sessenta e duas semanas", um total de sessenta e nove semanas (483 anos), haveriam 2 ocorridos: O Messias seria "tirado", ou crucificado, conforme Isaías 53,8. O "povo do príncipe, que há de vir", destruiria Jerusalém e o templo. O "povo" refere-se ao exército de roma, que destruiu Jerusalém em 70 d.c. O "príncipe" refere-se ao anticristo no fim dos tempos. Você pode observar que a destruição de Jerusalém não ocorreu imediatamente após Cristo ser crucificado. Há um intervalo entre o final das sessenta e nove semanas e o início da septuagésima semana. Os exegetas concluem que esse período de tempo corresponda ao período da igreja.

O que marca o início da septuagésima semana, os últimos sete anos da presente era, é o estabelecimento do concerto entre "o príncipe, que há de vir" com o povo de Israel, veja:

"E ele firmará aliança com muitos por uma semana; e na metade da semana fará cessar o sacrifício e a oblação; e sobre a asa das abominações virá o assolador, e isso até à consumação; e o que está determinado será derramado sobre o assolador." DANIEL 9:27

O príncipe que fará concerto com Israel é o anticristo, mas ainda camuflado. O anticristo negociará um tratado de paz entre Israel e seus inimigos em relação à disputa territorial.
Na metade dos sete anos (após três anos e meio), o príncipe romperá seu concerto com Israel, declarar-se-á Deus, apoderar-se-á do templo em Jerusalém, proibirá a adoração ao senhor (TS 2:4) e assolará a terra da Palestina. Ele reinará por três anos e meio (AP 11:1.2 13:4.6) .

A importância profética da "abominação" da desolação será conhecida somente pelos santos de Deus. Jesus disse que nós devemos estar atentos a esse sinal determinante, pois marcará o começo da contagem regressiva de três anos e meio até à sua vinda em glória (MT 24:15). Os crentes do período da tribulação, por sua atenção a esse sinal, poderão perceber a proximidade da volta de cristo. A vinda do grande Messias filho de Deus o correrá no fim dos sete anos, o segundo período de três anos e meio. O Apocalipse confirma esta cronologia ao declarar duas vezes que o anticristo ("besta")terá poder somente durante quarenta e dois meses (AP 11:1.2 13:4.6). O profeta Daniel declara mais tarde outra vez que haverá um período de três anos e meio entre o começo da grande tribulação e o seu fim (12:7). Nos três anos e meio destinados ao anticristo, Jerusalém continuará a ser pisada pelos gentios (AP 11:2), a "abominação desoladora" é o sinal inconfundível de que a grande tribulação já começou.
 A tribulação e o domínio do anticristo terminarão quando Cristo vier com poder e glória para julgar os ímpios (MT 25:31.46), para destruir o anticristo e para começar seu reino milenar (JR 23:5.6).
 Cristo fez referência a visão de Daniel quando disse: "Quando, pois, virdes que a abominação da desolação, de que falou o profeta Daniel..." (MT 24:15). Estas palavras de Jesus talvez se refira à futura destruição do templo de jerusalém pelo anticristo.

JUNIIOR MENEZES


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